Artista autodidata

Autodidata

Natureza morta. Óleo sobre tela - 1960.

03/06/2009

Por: Taste

Faleu dia 26/5, aos 86 anos, o artista plástico Arcângelo Ianelli. Ilustrador, pintor, escultor e desenhista, Ianelli foi um artista de grande expressividade dentro e fora do Brasil, tendo parte de suas obras espalhadas por acervos de diversos museus do mundo.

Ianelli nasceu em São Paulo, no ano de 1922, e a partir de 1940 começou a estudar pintura e desenho na Associação Paulista de Belas Artes, mas sua criatividade e ousadia eram tantas que ele abandonou o curso de pintura, dedicando-se a produzir trabalhos de gravura, serigrafia, esculturas e relevos pintados. Nos anos 50, o artista fez parte do Grupo Guanabara, criado por Takashi Fukushima, onde se encontrava com outros artistas como Manabu Mabe e Tomie Ohtake para que pudessem discutir seus trabalhos e idéias, e promover exposições conjuntas.

Ianelli teve sua carreira dividida em duas fases. Até a década de 60, sua produção artística era figurativa. A partir daí, o artista passou para a arte abstrata, utilizando técnicas mais avançadas e mostrando ousadia ao criar suas séries. O objetivo da mudança foi instigar a intuição do observador externo, fazendo com que suas obras transmitissem para as pessoas sentimentos diversos, mas sem induzi-las a uma interpretação. Essa nova abordagem fez com que Ianelli se tornasse um artista respeitado internacionalmente, expondo em países como Estados Unidos, México, Canadá, Itália, Alemanha e Japão.

O trabalho de Ianelli foi amplamente reconhecido nacional e internacionalmente, recebendo prêmios como as homenagens da Associação Paulista de Críticos de Arte (ACPA) aos seus 50 anos de pintura, em 1993, e aos seus 60 anos de pintura, em 2002; e o prêmio de Melhor Trajetória de Artista, em 2003, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).

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